sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Diário de Notícias - 20-10-2010

Variante à vila já nem projecto tem

Autarca indignado exige explicações
2010-10-20
TERESA CARDOSO

O presidente da Câmara de Penalva do Castelo acusa o Governo de pagar e rescindir com a empresa que estava a elaborar o projecto da variante à vila, uma obra que anda em PIDDAC desde 2001, frustrando as expectativas do concelho. Vai exigir explicações.
"A única conclusão que posso tirar deste caso, é que o Governo paga para não fazer obra", critica o autarca Leonídio Monteiro, "indignado" com o desenrolar de um processo que, em sua opinião, pode ainda pôr em causa os "legítimos" interesses de um elevado número de proprietários.
"A intenção de avançarmos com a construção da variante, que se arrasta sem solução há vários anos, obrigou-nos a reservar um corredor por onde a estrada há-de passar. Esta medida, embora necessária, mexe com os interesses de quem disponibilizou parcelas de terrenos e continua sem saber se isto vai ou não vai por diante", explica o autarca.
O prejuízo decorrente da cativação de área para a construção da variante, acaba por atingir outros proprietários do vizinho concelho de Sátão. "Não estamos isolados. Esta obra é importante para os dois concelhos. A tal ponto, que eu e o colega de Sátão juntámo-nos, não faz muito tempo, e pedimos uma audiência ao Secretário de Estado das Obras Públicas. Infelizmente, continuámos à espera de uma resposta", lamenta Leonídio Monteiro.
A variante à vila de Penalva do Castelo, orçada em seis milhões de euros, deverá ligar, ao longo de cinco quilómetros, a Quinta da Silva, à entrada deste concelho, a Rio de Moinhos, em Sátão.
"No percurso está prevista a sua passagem pela futura Zona Industrial Municipal (ZIM), junto a Cervum, onde, inclusive, já comprámos terrenos para garantir este importante empreendimento para o desenvolvimento económico do concelho. E várias ligações a outros pontos do nosso território", acrescenta.
A construção da variante figurou no Plano de Investimentos e Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) de 2002, com um montante que Leonídio Monteiro admite ter sido "meramente simbólico".
Após várias diligências do município, em 9 de Setembro de 2004, lembra o autarca penalvense, o projecto foi posto a concurso. "O então Secretário de Estado da Obras Públicas, Jorge Costa, veio ao nosso concelho de propósito presidir à adjudicação do documento à Engívia - Consultores de Engenharia. SA, com três alternativas", acrescenta Leonídio Monteiro.
A alegada falta de recursos financeiros e mudança de governantes, foram adiando a execução da obra que segundo o autarca, chegou a ser anunciada pelo ministro da Obras Públicas Mário Lino.
"Andaram a empaliar-nos. E quando estávamos convencidos de que a obra ia por diante, encontrei os responsáveis pela empresa que me disseram que a Estradas de Portugal pagou o projecto e rescindiu. Estou indignado. Vou até onde for preciso", promete Leonídio Monteiro.
O JN contactou ontem a empresa Estradas de Portugal (EP) aguardando informações sobre o processo alvo das críticas da autarquia de Penalva do Castelo.
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Será que foram os governantes nacionais que nos andaram a "empaliar"??? (basta escrever no google que aparece o significado)
E obviamente que já toda a gente sabe até onde é que vai...ao mesmo sítio de sempre, ou seja a absolutamente lado nenhum, a não ser para a sua "corte" gozar dos rendimentos no final do mandato...

1 comentário:

Anónimo disse...

sobre esta notícia vejam www.ascoisasqueaquisepassam.blogspot.com